TOUR VIA DEL VINO – WALKING TOUR FREE
A Via Del Vino, concebida em 1990 por ocasião dos 100 Anos de Emancipação de Bento Gonçalves, é um complexo arquitetônico com passeio, calçadão, bancos, jardins, praças, monumentos e construções que remontam aos anos da colonização desta cidade, num demonstrativo da cultura, costumes, comércio e organização social e religiosa dos imigrantes. A arquitetura histórica particular e diferençável (conforme o poder aquisitivo, pois não havia profissionais de engenharia e arquitetura) se mistura com a arquitetura contemporânea criando uma mescla na modernidade do séc. XXI.
Acompanhando a imigração veio o jargão português “sem eira nem beira”; expressão que revela um passado de segregação e preconceito, sem bens materiais, sem posses, sem prestígio social, pobreza… Um pobre coitado.
O Walking Tour Free é um passeio no presente que reverencia o passado colonizador, social e econômico deste povo.
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Cruzinha
O Monumento Cruzinha foi inaugurado em setembro de 1926. Este símbolo emprestou seu nome a esta localidade até 1878, logo após a chegada dos primeiros imigrantes italianos (1875), quando passou à denominação de Colônia Dona Isabel. Apenas poucos anos depois, em 11 de outubro de 1890, torna-se oficialmente Município com o nome de Bento Gonçalves se homenagem ao herói chefe da Revolução Farroupilha (1835-1845).
A primitiva Cruz, de madeira tosca, provavelmente tenha marcado o local da morte ou sepultura de um tropeiro ou demarcador de terras. Estava localizada junto à atual Praça Walter Galassi, às margens da antiga Estrada Geral, denominada Buarque de Macedo, e posteriormente a cruz foi transferida para as proximidades do Santuário Santo Antônio. Atualmente traz a seguinte inscrição:
“Tenha um pensamento de amor
Para esses heróis anônimos
Que tombaram, empenhados
Em abrir estradas para nós”
Igreja Santo Antônio – 1876
Em setembro de 1876, junto à Cruzinha, é rezada a primeira missa nesta localidade. No mesmo ano inicia-se a construção da Igreja, com tábuas rústicas, e no lano seguinte é feita em pedra e tijolos de barro. Ocorreram várias transformações e acréscimos em etapas (como a Torre de 1933) para
chegar ao que é hoje o Santuário Santo Antônio, mantendo a característica arquitetônica própria do período (neoclássica).
O Santuário mantém elementos que evidenciam sua importância na sociedade religiosa, como o altar em mármore Carrara, as estátuas de madeira maciça, os afrescos da vida e dos milagres do Santo, os sinos que vieram de Bassano-Grappa, da região do Vêneto na Itália e o campanário de 40 metros de altura com colunas Dórica (simples e sem base); Jônica (a base parece uma pilha de anéis, tem linhas esculpidas de cima a baixo e o capitel no topo parece um pergaminho); e Coríntia (que se destaca pelo capitel muito mais elaborado).
A Torre do Campanário foi inaugurada dia 02 de abril de 1933 e os festejos duraram o dia inteiro.
Á religiosidade sempre foi representada pela simbologia e aqui a tradição se mantém, seja para demonstrar fé ou poder: O Olho Que Tudo Vê, ou Olho da Providência, ou Olho de Hórus, ou Udyah… Associado aos Iluminatti, Maçons, Egípcios, Sumérios, Católicos… Como símbolo de cura, purificação, espiritualidade, proteção, observação ou mesmo como símbolo satânico, na essência está relacionado com o “Terceiro Olho” ou a “Glândula Pineal” (daí talvez a relação com a Pinha Sagrada dos Sumérios).
Olho Que Vê foi logomarca da famosa e já extinta empresa de fósforos Fiat Lux (Faça-se a Luz), e que até hoje é impresso na notas de um dólar americano.
Agência Ford
Onde hoje está a agência da Caixa Econômica Federal a melhor a melhor casa demais p a primeira revenda de automóveis de propriedade dos Irmãos D”Arrigo, a Agência Ford (Companhia SULFORD), com oficina mecânica e bomba de gasolina.
Segundo relato popular, os dois primeiros e únicos veículos da cidade, numa façanha memorável, colidiram em frente à Igreja de Santo Antônio, pois cada condutor esperava que o outro parasse, ambos aos gritos de “ferme-te, ferme-te”.
Casa Toschi – 1896
Construída pelo imigrante Luiz Alegretti, esta construção é um dos poucos exemplares da arquitetura colonial, caracterizada principalmente por grande quantidade de dormitórios já que naqueles tempos uma família próspera dependia de sua prole, a qual representava a garantia de mão de obra em abundância.
O andar superior servia de moradia e no piso inferior havia o comércio de secos e molhados, como alimentos, tecidos, material de construção… Na arquitetura típica da época, temos 4 águas com beiral, soco aparente, cornijas, cunhais de argamassa salientes, portas com bandeiras, cimalha em argamassa, bandeiras e guarda corpo da sacada com grade metálica decorada. Foi vendida para a família Toschi em meados dos anos 90.
Casa Alegretti – 1905
Esta casa também foi projetada e construída por Luiz Alegretti, renomado comerciante, foi presidente e sócio benemérito da Comissão de Construção do Hospital Tacchini e ferrenho defensor da construção da Via Férrea, a qual comemora seu centenário neste ano de 2019. Alegretti possuía vários ramos industriais como vinícola, produtos suínos e fábrica de queijos
A casa possui 4 águas com platibanda, cornijas, frisos e molduras. Em 1894, Alegretti começou a elaborar vinhos na Linha Eulália (Casa Toniolo) e, em 1896, vendia para todo o Brasil com a marca “Agradável”. Fez no porão desta edificação na cidade, a Cantina, a qual funcionou até meados de 1920. As primeiras máquinas para produção do vinho foram importadas de Milão.
Em 1906 houve um escândalo quando uma filha de Luís Alegretti casou com o pároco de Bento Gonçalves, o padre César Sciullo. O escândalo foi devido à fama de o padre não respeitar sua fé nem seus votos religiosos ao tirar a batina.
Outro escândalo ocorreu alguns anos mais tarde quando o padre Francesco Saverio Acierno também largou a batina e casou com Ana Salton, com quem teve uma filha, porém abandonou-as e ninguém mais soube de seu paradeiro. Havia o comentário, na época, que este retornou à Itália e retomou suas atividades sacerdotais.
Casa Giovannini – 1912
Construída em 1912 a casa abrigou vários segmentos comerciais e políticos, como a primeira cooperativa agrícola, a primeira central telefônica e a primeira emissora de rádio do município (comandada pela Paróquia de Santo Antônio), como também o Banco Pelotense e a Câmara de Vereadores, além de bar noturno (Brilho da Lua, onde o ex-jogador do Grêmio, Arílson, era assíduo frequentador).
A casa apresenta cobertura 2 águas com platibanda, bossagem, pilastras, cornijas, inscrições, cariátides, moldura suos vãos, cimalha em tijolos, escada lateral de acesso ao pavimniento superior e balcão.
O primeiro construtor da Igreja Santo Antônio foi Giuseppe Giovannini em 1876 e abrigou nesta casa, por dois anos, o padre Giovanni Menegotto.
Casa Ghelen
Apesar de não haver registro da data, sabe-se que esta casa foi construída no início do século XX, salientando elementos decorativos como cornijas, frisos, molduras nos vãos e portas e janelas com bandeiras.
Com grande representatividade no status social e econômico na época, nela funcionou o Café Juliani e posteriormente a Relojoaria Ghelen, onde eram comprados artigos de luxo e glamour, tais como joias, cristais e porcelanas. Sempre serviu como residência e comércio.
Vinícolas Históricas
Vinícola Salton – 1910, surgiu da associação de 7 dos 10 irmãos os quais deram cunho comercial aos negócios do pai, que vinificava informalmente, assim como os demais imigrantes. Aos vinhos, espumantes e vermutes, deram a denominação de Paulo Salton & Irmãos. Um século depois a Salton é líder na comercialização de espumantes nacionais no Brasil.
A sede servia de “Casa di Pasto”, onde eram oferecidas hospedagem, refeições e comercialização de queijos, embutidos e do vinho produzido com uvas colhidas dos parreirais nos fundos da instalação.
Os prédios foram construídos em 1930 para acomodar a empresa vinícola de Paulo Salton e atualmente está sendo reestruturada, onde deverá permanecer a memória da vinícola, comércio, apartamentos e jardins.
Apesar de ser uma vinícola, a empresa tem no Conhaque Presidente o verdadeiro produto que a salvou da falência e mesmo da extinção, pois foi a única das grandes vinícolas familiares da época que sobreviveu (a ex: Peterlongo, Mônaco e Dreher). Quanto à origem, o conhaque foi concebido em São Paulo e o nome nasceu da inspiração dos irmãos e primos da Família Salton.
A atual sede em Tuiuty integra o Roteiro Vale do Rio das Antas e a transferência foi necessária principalmente para melhor atender aos turistas.
Dreher uma das pioneiras em vinícolas, mantinha instalações na casa situada na Mal. Floriano. O conhaque Dreher ainda hoje é conhecido. Atualmente a Vinícola Don Giovanni, em Pinto Bandeira, é herança da antiga vinícola.
Vinícola Aurora surgiu em 1931, quando 16 famílias uniram-se e lançaram a Cooperativa Vinícola Aurora. Nesse ano produziu coletivamente 317 mil Kg de uvas. Hoje é a maior Cooperativa Vinícola do Brasil, com mais de 1.100 famílias associadas, com uma colheita média de 60 milhões de Kg de uvas, resultando em 48 milhões de litros entre vinhos, sucos, espumantes e derivados.
PS – A Suvalam, não sendo vinícola, apesar de receber quantidades maiores de uva, apenas processa para concentrados que resultarão em produtos como sorvetes e refrigerantes.
Praça Dr. Bartholomeu Tachini
Monumento erguido em 1935, no Centenário da Revolução Farroupilha (1835-1845) para homenagear seu líder Bento Gonçalves da Silva. Há o busto de Bento Gonçalves e o baixo-relevo com as efígies de Anita e Giuseppe Garibaldi, os Centauros Farroupilhas, e o brasão da República Rio Grandense.
Nesta Praça há duas edificações que bem representam a identificação das estruturas sociais, econômicas e culturais da comunidade através da simbologia dos elementos arquitetônicos: o Banco da Província e a Casa Bertani.
Ex-Banco da Província – 1917
Este prédio abrigou uma das primeiras Casas Bancárias do município. No térreo ocorriam as atividades financeiras e o pavimento superior servia como residência para o gerente. Recentemente funcionou ali a Secretaria da Fazenda.
O prédio apresenta elementos externos como a cobertura de 4 águas com platibanda, pilastras, cornijas, portas e janelas com bandeiras, grades nas aberturas, portões laterais decorados e escada lateral de acesso.
Casa Bertani – 1927
Com estilo marcadamente de época: 4 águas com platibanda com elementos decorativos, pilastras, cornijas, molduras dos vãos, portas e janelas com bandeiras, balaustrada em argamassa, porão e sótão, esta casa tinha no pavimento superior a residência e no térreo funcionava como ponto comercial.
Abrigou importantes atividades para o crescimento e desenvolvimento econômico do município, como tabelionato, consultório dentário, gráfica e imobiliária.
Clube Aliança – 1946
Como Sociedade Civil foi fundado em 1906 e inaugurado em 1909 na Praça Centenário. O prédio atual foi construído em estilo neorromântico, representando a sociedade aristocrática da época, um verdadeiro monumento representativo da alta sociedade local. Popularmente chamado “Casa Cor-de-Rosa”, apresenta na fachada detalhes em flores. Este Clube congrega ainda hoje a realização de bailes sociais, debuts, festas de casamento, comemorações sociais e atividades esportivas.
Defronte a este Clube, há a Galeria Zanoni, onde inicialmente era um hotel de primeira classe, o Hotel Universal.
Banco Santander
Este prédio, construído Qqqa. década de 1950, foi projetado para abrigar agências bancárias, como o Banco Nacional do Comércio, que foi posteriormente transformado em Banco Sulbrasileiro, o Banco do Estado do Rio Grande do Sul, do extinto Banco Pelotense e o Banco Meridional. Atualmente funcionam ali o Banco Santander e o Arquivo Histórico Municipal, espaço que inicialmente foi projetado para ser residência do Gerente do Banco e hoje é cedido para a Prefeitura Municipal.
Prefeitura Municipal – 1901
Em estilo neoclássico com aberturas de madeira esculpidas, somente foi projetada após o traçado da rede ferroviária, sendo construída em 1901 e inaugurada em 1902. Em suas dependências funcionavam a Administração e Guarda Municipal, Delegacia de Polícia, Cadeia, Sessões de Júri e Colégio Elementar. Aqui seu aluno mais ilustre foi o Ex-Presidente da República, General Ernesto Geisel. Com a transferência da Escola a denominação passou a ser Escola General Bento Gonçalves da Silva. No cimo da edificação, há os bustos dos heróis farroupilhas: Bento Gonçalves da Silva e Giuseppe Garibaldi.
Nas primeiras décadas a maior frequência nas escolas era de meninas pelo fato de que os filhos homens, desde os 6 anos de idade, deveriam auxiliar os pais na lavoura enquanto que as meninas dividiam suas atividades entre as lidas domésticas e a escola.
Em 1930 havia a obrigatoriedade de expor a fotografia do Presidente da República em todas as Escolas, além de cantarem o Hino Nacional todos os dias, numa demonstração do amor à pátria e do dever cívico.
La Fontana – 1990
Neste roteiro Via Del Vino, que comporta um complexo arquitetônico de construções em estilo predominantemente eclético, misturando elementos da história da arquitetura, damos destaque a La Fontana; um atrativo com chafariz imitando o produto que colocou Bento Gonçalves no cenário mundial como a Capital Brasileira do Vinho.
A fonte que jorra vinho está ornada por pedras irregulares, em formato redondo, imitando taipas, os famosos muros romanos feitos com pedras de basalto encaixadas, e a calçada com pedras regulares forma um pequeno mosaico circular.
Junto a La Fontana vemos a Casa do Artesão e La Casa Del Vino, as quais são uma alusão à vida cotidiana no período da imigração.
As primeiras casas, construídas de forma vernacular, mantinham a cozinha separada da “casa de dormir” como prevenção, pois o fogo não devia ser extinto (não existiam fósforos).
Nos quartos as camas eram de casal para abrigar no mínimo quatro crianças e a sala, com poucos móveis, era espaçosa para a realização de velórios ou festas, para depósito de mantimentos e também para a confecção e conserto de utensílios em palha e couro, como vassouras, chapéus, laços e arreios.
Mas era na cozinha, ao pé do fogo, que a família e amigos se reuniam para o filó, onde comentavam as últimas notícias e acontecimentos ou contavam histórias sobre a velha Pátria.
No porão guardavam as pipas de vinho e instrumentos de trabalho, no sótão armazenavam alimentos em grão e na pequena despensa mantinham a comida e todos os equipamentos utilizados para elaborar as refeições, como a máquina de fazer massa, a farinha, o pão, a polenta e as verduras.
Gastronomia – A culinária tradicional italiana está bem representada na Via Del Vino, onde os restaurantes, frequentados por moradores locais e turistas, oferecem Buffet com grande variedade em saladas, legumes e vários pratos quentes e frios, além de deliciosas sobremesas. Também há diversidade nas ofertas dos cafés, lancherias, padarias, confeitarias e sorveterias que circundam o centro da cidade, ambientes já estabelecidos como ponto de encontro para lazer e bate-papo.
Casa Fasolo
Edificação em 4 águas com telhas francesas, platibanda, frisos horizontais em argamassa e volume curvo na esquina com sacada, esta casa foi cenário para um, inicialmente modesto porém próspero, comércio de calçados, o qual começou a funcionar em 1892. Ali havia uma loja que comercializava vários produtos: seleiros, estofados, calçados, malas e artigos para viagem.
O imigrante Guilherme Fasolo que chegou à cidade em 1890 era considerado o melhor empreendedor nesta área. O curtume foi instalado alguns anos mais tarde, em 1925.
Casa Família Casagrande – 1920
Esta casa que tem 12 águas com platibanda, originalmente com telhas francesas e volume curvo na esquina com sacada, forma conjunto com a edificação da esquina oposta (Casa Fasolo).
Aqui vários segmentos desempenharam suas atividades, como jornal, lancheria e remotamente a Farmácia Central.
Casa Koff
Edificação que abrigou tradicional comércio de tecidos, possui 4 águas com platibanda, cimalha e frisos horizontais em argamassa.
Casa Farina
Após várias modificações que praticamente desclassificaram a estrutura e elementos da época em que foi construída, esta casa mantém apenas os balcões e o frontão, os quais enriquecem a arquitetura histórica da edificação.
A família iniciou suas atividades com fundição e oficina em 1880 e até hoje o nome Farina é representativo na área de fundição.
Edifício Michelin
Importante estabelecimento comercial de veículos, esta casa teve grande destaque na comunidade. Aqui percebemos o soco aparente, frisos horizontais salientes e volume curvo na esquina com sacada (curvas automobilísticas).
Estrada Buarque de Macedo (Estrada Geral)
O nome da Estrada Buarque de Macedo é uma homenagem ao primeiro engenheiro que fez estradas neste estado. Esta foi uma das mais importantes vias, pois ligava as Colônias ao porto fluvial de São João de Montenegro. Antes dela o transporte de mercadorias era feito no lombo de mulas e depois começaram a utilizar carretas puxadas por animais
Não há registro oficial do seu traçado, mas sabe-se que passava pela praça Dr. Walter Galassi, pela Igreja Cristo Rei e fundos da Busa, partindo desde Veranópolis até Montenegro.
Na década de 1970 mudou o traçado e hoje a conhecemos como BR 470, ligando o Rio Grande do Sul a Santa Catarina.
Praça Walter Galassi
Largo surgido no encontro de importantes vias como a Estrada Geral e Estrada do Barracão, foi urbanizada com o nome de Pç. Centenário e posteriormente recebeu o nome atual em homenagem ao médico Dr. Walter Galassi.
Escândalos – Escândalos, conflitos e mazelas marcaram profundamente os imigrantes desta terra quando sequer havia sido desbravada.
Em 1877 o Diretor da Colônia mandou interromper uma missa e proibiu novas celebrações sem sua autorização. Tomou esta atitude porque o Padre esqueceu de se apresentar a ele.
Além disso o Diretor considerou profano e impróprio o local onde estavam celebrando o Santo Ofício e onde foi colocado o altar (sobre sacos de feijão).
Revoltados, cerca de 50 colonos foram até a sede, armados com paus e pedras, onde insultaram e atacaram os responsáveis pela interrupção e após ferirem um ajudante do Diretor voltaram para junto do padre.
Houve a intervenção de um delegado da capital que resolveu o conflito apresentando o padre ao Diretor e também um severo sermão sobre a conduta de ingratidão dos colonos contra uma autoridade. Como consequência estes se mostraram submissos e obedientes.
Entre os conflitos podemos destacar o protesto de 500 colonos em 1905 sobre o Imposto Familiar, onde os filhos casados que morassem com os pais deveriam ser taxados separadamente. Hostilidade, gritos e ameaças de matar e incendiar casas marcaram esta revolta.
Paco-Herói ou Bandido? – Famoso bandoleiro da Serra Gaúcha, rápido no gatilho e hábil com faca e chicote, Francisco Sanches Filho, Paco, viveu no início do Sec. XX com grande influência política junto aos colonos. Com a esposa teve 10 filhos, mas há rumores que teve mais de 15 com outras mulheres.
São creditados a ele mais de 150 mortes, inúmeros roubos e fugas espetaculares. Foi morto numa tocaia com mais de duas centenas de perfurações.
Ainda hoje sua história é pesquisada para evitar que se transforme em lenda, principalmente após a recusa dos herdeiros em permitir que sua vida fosse contada em filme.
Bibliografia:
Da Colônia Dona Isabel a Município de Bento Gonçalves-Bernardete Caprara e Terciane Luchese;
Memórias: Bento Gonçalves-RS-Fundamentação Histórica-Assunta De Paris;
Roteiros de Turismo e Patrimônio Histórico-Luiz E. Brambatti; e
Amém, Bento Gonçalves-Igrejas e Capelas Desta Terra-Fabiano Mazzotti e Pe. Izidoro Bigolin.
Contatos:
Assunta De Paris-Historiadora;
Antônio Salton-Presidente Honorário da Salton S/A;
Idalino Casagrande-Advogado e ex-vereador;
Ademir Bacca-Escritor, Poeta, e Pesquisador; e
Luciana Silva-Arquiteta